26 setembro 2012

Livro traz entrevistas com jornalistas


O livro O jornalista e a prática: entrevistas (Editora Unisinos, 2012), que será lançado brevemente, é o primeiro produzido no âmbito da pesquisa O controle discursivo que toma forma e circula nas práticas jornalísticas, desenvolvida pela professora Beatriz Marocco com financiamento do CNPq (no período 2010-2012). 

O livro reúne grande parte das entrevistas realizadas com jornalistas brasileiros e estrangeiros, com a participação de docentes e discentes, em sua maioria integrantes do GPJor – Grupo de Pesquisa Estudos em Jornalismo (CNPq / Unisinos).

O livro traz 14 entrevistas nas quais os jornalistas falam sobre o saber jornalístico que circula nas redações, por meio de um exercício diário e contínuo. Os entrevistados falam de “influências diretas de colegas que deram impulso às carreiras, sobre hábitos que esboçam a figura do jornalista e algumas marcas da prática que todos compartilham. São aspectos que indicam como se aprende e como se ensina jornalismo na palavra dos jornalistas”.

Nas palavras da professora Beatriz Marocco, “os entrevistados, seguramente, têm voz autorizada para falar sobre a prática jornalística e para encaminhar-me ao horizonte em que se desenha uma teoria da prática jornalística elaborada no domínio que é o deles e o meu”.
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Os entrevistados

A profissionalização do jornalismo
– entrevista com Núbia Silveira, coordenadora do jornal eletrônico Sul21. Foi coautora dos livros Ninguém acreditava e Cyro Martinns, 100 anos – o homem e seus paradoxos. Trabalhou nos jornais Diário de Notícias, Folha da Manhã, Correio da Manhã, Zero Hora, Jornal do Comércio, O Sul e Diário Catarinense.

Do interior para um grande jornal
– entrevista com Celito de Grandi, colunista de Zero Hora. Autor dos livros Loureiro da Silva, o Charrua; Diário de Notícias, o romance de um jornal; Cyro Martins, 100 anos – o homem e seus paradoxos; e Caso Kliemann, a história de uma tragédia. Trabalhou no Diário de Notícias e no Correio da Manhã.

Ponto estratégico
– entrevista com Marta Gleich, diretora de redação de Zero Hora. Trabalha no Grupo RBS há 28 anos. Foi diretora de internet do Grupo.

Sobrevivência na selva
– entrevista com Ricardo Stefanelli, diretor de redação no Diário Catarinense, Jornal de Santa Catarina, Hora de Santa Catarina e A notícia. Foi diretor de redação de Zero Hora e repórter do Diário do Sul.

Eu sou uma escutadeira
– entrevista com Eliane Brum, repórter especial e colunista da revista Época. É autora do romance Uma duas e dos livros de reportagem Coluna Prestas – o avesso da lenda; A vida que ninguém vê e Olho da rua.

O melhor aprendizado
– entrevista com Luiz Cláudio Cunha, autor de Operação Condor – o sequestro dos uruguaios e Assim morreu Tancredo. Foi chefe de redação, em Brasília, das revistas Veja, IstoÉ e Afinal, além dos jornais O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil, Zero Hora e Diário da Indústria e Comércio.

Jornalista e best-seller
– entrevista com Laurentino Gomes, autor dos livros 1808 e 1822. Foi repórter e editor de veículos como O Estado de S. Paulo e Veja.

Vida anfíbia
– entrevista com Carlos Eduardo Lins da Silva, professor universitário na ESPM-SP. Foi repórter, correspondente internacional e editor de opinião nos Diários Associados, secretário de redação e ombudsman da Folha de S. Paulo.

O jornalismo tem que ser a fratura do tempo histórico
– entrevista com Flávio Tavares, colunista de Zero Hora. Autor dos livros Memória do esquecimento; O dia em que Getúlio matou Allende e O Che Guevara que conheci e retratei. Foi correspondente internacional dos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e Excelsior (México).

Uma ponte entre a escrita e o mundo
– entrevista com Alexandra Lucas Coelho, jornalista e escritora portuguesa. Foi correspondente internacional do jornal Público (Portugal). É autora dos livros Oriente próximo; Caderno afegão; Viva México; Tahrir – Os dias da revolução e do romance E a noite roda.

As práticas no ritmo da internet
– entrevista com Liana Pithan, chefe de reportagem do Portal Terra. Trabalhou por dez anos no Correio do Povo.

Caligrafia japonesa
– entrevista com Tony Hara, jornalista e historiador. Trabalhou na rádio UEL FM e no jornal O Popular, de Londrina. É autor do livro Caçadores de Notícias.

A melhor maneira de fazer jornalismo é pela internet (parte 1)
O jornalista e os maus costumes (parte 2)
– entrevista com Gumersindo Lafuente, diretor da edição digital do jornal El País (Espanha). Trabalhou no El Mundo (Espanha) e foi fundador do jornal digital Soitu (www.soitu.es).

A autocensura é um dos perigos do jornalismo
– entrevista com Josep Rovirosa Olivé, defensor do leitor do jornal La Vanguardia (Espanha). Trabalhou nos jornais Diário Vasco, El Correo Catalán e Eco.
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Os entrevistadores

Os entrevistadores foram os professores Beatriz Marocco, Christa Berger e Thaís Furtado, todas da Unisinos, e Reges Schwaab, da UFOP; e os alunos Angela Zamin, Giovanni Rocha, Júlia Capovilla e Marlon Lesniewski, respectivamente, doutoranda e mestrandos em Ciências da Comunicação – atualmente egressos da Unisinos –, e Márcia Veiga, doutoranda em Comunicação e Informação (UFRGS).
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(Angela Zamin)

25 setembro 2012

Qualificação de doutorado no âmbito do dinter Unisinos/UFPI



Na sexta, dia 21, foi realizada a banca de qualificação do projeto de doutorado "Relações de poder e práticas jornalísticas nos jornais impressos em Teresina-PI (1951 a 1954 e 1959 a 1962)", da doutoranda Nilsângela Cardoso Lima. Participaram da sessão os professores doutores José Luiz Braga (Unisinos), Antonio Carlos Hohlfeldt  (PUCRS) e Beatriz Marocco (orientadora).

Nilsângela é aluna do Dinter em Comunicação, desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos na Universidade Federal do Piauí (UFPI). A Unisinos já firmou parcerias interinstitucionais para 7 minters e 1 dinter, voltadas para a formação fora dos centros consolidados de ensino e pesquisa no país.

Síntese do Projeto

Relações de poder e práticas jornalísticas nos jornais impressos em Teresina-PI (1951 a 1954 e 1959 a 1962)

Nilsângela Cardoso Lima

A tese tem como proposta analisar as relações de poder e as práticas jornalísticas nos jornais impressos que circularam em Teresina (PI) no período de 1951 a 1954 e 1959 a 1962, na busca de entender o processo de produção das matérias jornalísticas, que deram dimensão de uma existência verbal aos discursos sobre os governadores Pedro de Almendra Freitas (PSD) e Francisco das Chagas Caldas Rodrigues (PTB-UDN). À luz do referencial teórico e metodológico da análise do discurso faz-se a análise das matérias jornalísticas publicadas pelos jornais O Dia, A Cidade, Jornal do Piauí e Folha da Manhã, cujos conteúdos oferecem na sua superfície o entendimento dos processos de produção de sentido, do controle discursivo e as práticas jornalísticas frente ao contexto político partidário proporcionado pelos governantes do Piauí, ligados aos partidos PSD (1951/54) e PTB-UDN (1959/62). Estruturada em três capítulos, pretende-se compreender como um grupo de intelectuais que atuavam nas redações dos jornais impressos de Teresina foi se constituindo enquanto um grupo social - os jornalistas - e que reivindicam um monopólio do saber - a notícia - veiculando informação através da imprensa e se definindo/constituindo de acordo com as marcas políticas do jornal e da própria vinculação destes aos partidos políticos; analisar a produção de sentidos em torno da imagem do governador Pedro de Almendra Freitas (1951 a 1954) no discurso publicado pelos jornais O Dia e A Cidade e a representação do período político em que o Governo do Piauí ficou sob sua administração; e, por último, analisar as permanências e as rupturas das práticas jornalísticas na produção do discurso relacionado ao governador Chagas Rodrigues, publicados nos jornais O Dia, Jornal do Piauí e Folha da Manhã, no quadriênio em que administrou o Estado do Piauí, 1959 a 1962.
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(Texto: Nilsângela Cardoso Lima / Foto: Angela Zamin)

19 setembro 2012

GPJor terá representantes no 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo

Oito trabalhos de membros do grupo de pesquisa estão entre os que serão apresentados em Curitiba, entre 08 e 10 de novembro.


A Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) divulgou nesta quarta-feira, dia 19, a lista dos artigos selecionados para o seu 10º encontro nacional, que ocorre entre os dias 08 e 10 de novembro, em Curitiba (PR).

Serão 158 comunicações livres e 12 comunicações coordenadas. Ao todo, 138 pareceristas trabalharam na avaliação dos trabalhos, sob a coordenação da diretoria científica da entidade, a professora Dra. Luciana Mielniczuk, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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Oito membros do Grupo de Pesquisa Estudos em Jornalismo (GPJor) tiveram seus trabalhos aceitos. Apresentarão no 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo os doutorandos Carmen Abreu, Felipe de Oliveira e Karine Moura Vieira, e o mestrando Felipe Viero Kolinski Machado, que produziu seu texto em co-autoria com a orientadora, a professora Dra. Christa Berger, a doutora Angela Zamin e a mestra Alciane Baccin, que defenderam tese e dissertação no início de 2012, todos da Unisinos, além da doutoranda Marcia Veiga, da UFRGS. Já a mestranda Carina Mersoni, da Unisinos, cujo artigo é assinado também pela doutoranda Beatriz Sallet, apresentará no II Encontro de Jovens Pesquisadores em Jornalismo.

Os dois eventos acontecem de 08 a 10 de novembro de 2012 na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). A organização do evento ainda envolve a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tuiuti do Paraná (UTP). Os aprovados devem realizar suas inscrições, de acordo com as normas, para que seus textos integrem os anais; a data limite para pagamento da taxa é 08 de outubro.


Fonte: SBPJor (www.sbpjor.org.br) / Edição: Felipe de Oliveira

14 setembro 2012

Seminário de Tese: Artigos sobre estágio de pesquisa já estão disponíveis

Doutorandas Beatriz Sallet e Karine Vieira falam sobre seus processos de investigação aos membros do GPJor no dia 24 de setembro.

Já estão disponíveis os artigos produzidos pelas doutorandas Beatriz Sallet e Karine Vieira (foto), nos quais relatam o estágio atual de suas investigações.

O encontro do Grupo de Pesquisa Estudos em Jornalismo (GPJor) em setembro será dedicado ao Seminário de Tese das doutorandas, no dia 24, segunda-feira, das 14h às 17h.

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Filiadas à linha de pesquisa Linguagem e Práticas Jornalísticas (LP2) no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos, ambas estão no segundo ano de curso. Beatriz é orientada pelo professor Dr. Ronaldo Henn e o título atual do seu projeto é As transformações no fotojornalismo a partir das rotinas produtivas. A professora Dra. Beatriz Marocco orienta Karine, que dá atualmente ao seu projeto o título Que importa quem fala? - uma análise sobre alteridade e autoria na produção biográfica jornalística.

Baixe os artigos



DINÂMICA DE TRABALHO - A sessão será dividida em uma hora e meia para o trabalho de cada aluna. Serão 20 minutos para a apresentação do artigo; 10 minutos para cada um dos três professores da  linha de pesquisa comentá-lo - além dos orientadores, a professora Dra. Christa Berger; 10 minutos para as respostas; e 30 minutos para a discussão aberta. Os professores orientam que todos os membros do GPJor leiam os textos com vistas a críticas e sugestões.

(Texto: Felipe de Oliveira / Fotos: arquivo pessoal)

03 setembro 2012

Publicações do GPJor no 1º semestre


Os professores Ronaldo Henn e Christa Berger, integrantes do GPJor, participaram de publicações do Grupo de Pesquisa em Imagem e Socialibidade (GRIS), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A primeira, “Mídia, instituições e valores”, organizada por Vera França e Laura Corrêa, reúne trabalhos apresentados durante o I Colóquio em Imagem e Sociabilidade, realizado em novembro de 2008; enquanto a segunda, “Acontecimento: reverberações”, organizada por Vera França e Luciana de Oliveira, traz os artigos do II Colóquio Internacional em Imagem e Sociabilidade, de maio de 2011. No primeiro livro encontra-se o texto “Padronização do jornalismo e memória coletiva”, de Ronaldo Henn, e no segundo o texto de Christa Berger “Acontecimento e resistência: mulheres contra a Aracruz”.

As apresentações dos livros estão disponíveis para download:
Mídia, instituições e valores

Acontecimento: reverberações

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As doutorandas Beatriz Sallet e Karine Vieira participaram de publicação do Grupo de Pesquisa em Comunicação (Processocom/Unisinos) em parceria com a Rede AMLAT. Beatriz assina o texto “Submersão e emersão do pesquisador no campo de pesquisa: o paradigma tecnológico digital e o fazer do fotojornalista, sob orientação do olhar epistemológico da transmetodologia” e Karine o artigo “Para uma episteme da biografia: Uma reflexão sobre os atravessamentos epistemológicos do biográfico e o seu lugar no jornalismo”. O livro “Epistemologia, investigação e formação científica em comunicação” foi organizado pelos professores Alberto Efendy Maldonado, Maria Elisa Máximo, Juciano de Sousa Lacerda e Graziela Bianchi.

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O mestrando João Vitor Santos participou da publicação “Impacto das novas mídias no estatuto da imagem”, organizada pelos professores Sonia Montaño, Gustavo Fischer e Suzana Kilpp, da Unisinos. João Vitor traz o texto “Do infográfico web à reportagem do Jornal Nacional”. A apresentação do livro encontra-se disponível aqui.
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(Angela Zamin)

Trabalhos de docentes e discentes do GPJor


Integrantes do Grupo de Pesquisa Estudos em Jornalismo – GPJor participaram de eventos no Brasil e no exterior no 1º semestre de 2012.

Eventos internacionais
Dois trabalhos foram apresentados no 1º Congreso Internacional sobre estudios de periodismo realizado em Santiago do Chile: “La constitución del periodismo: la entrevista como metodologia de acceso a la práctica periodística” (The constitution of journalism: the interview as a methodology to access the journalistic practice), das professoras Beatriz Marocco e Christa Berger, e “Transformaciones de los acontecimientos y de los periodistas en las redes sociales” (Transformations of the event and journalists on social networks), do professor Ronaldo Henn e da mestranda Kellen Höehr. Além deles, Angela Zamin, doutora pelo PPGCC/Unisinos, apresentou o texto “Conflitos sobre o conflito: crise colomboequatoriana em jornais latino-americanos”, durante o XII Congreso Latinoamericano de Investigadores de la Comunicación, realizado em Montevidéu, Uruguai.
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La constitución del periodismo: la entrevista como metodologia de acceso a la práctica periodística / The constitution of journalism: the interview as a methodology to access the journalistic practice, de Beatriz Marocco e Christa Berger
The practice is fundamental to journalism, in its historicity and in the daily routines. Seen by this way, journalism is affected by structured characteristics reproduced in the dimensions of time and space, and the technological resources and rules outlined in coeval journalistic production. The question that arises then is how to exploit the knowledge that circulates in newsrooms out of the axiom that there is no journalism without practice or restricting it to the idea that practices are materialized in discourse and, therefore, can only be analyzed with the support of exogenous theories?
Two methodological procedures were made toward to the practice; a questionnaire mailed to 746 reporters and 15 journalists were interviewed: Nubia Silveira, Ricardo Stefanelli, Caco arcellos, Laurentino Gomes, Clovis Rossi, Celito De Grandi, Luiz Claudio Cunha, Eliane Brum, Liana Pithan, Marta Gleich, Tony Hara, Alexandra Lucas Coelho, Flávio Tavares, Josep Rovirosa Olive and Gumersindo Lafuente. The two actions were linked to the research project “The discursive control that takes place and circulates in journalistic practices,” covered with funds from CNPq.
This article, based on the interviews, pointed out the two types of consciousness attributed by
Giddens to social workers and found within the first one - the discursive consciousness - five possible routes of access to knowledge that circulates in the newspaper newsrooms. They are: the orientation of the heads, the sample of seniors, intuition, love of reading, the persistence of the own agents.
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Transformations of the event and journalists on social networks / Transformaciones de los 
acontecimientos y de los periodistas en las redes sociales, de Ronaldo Henn e Kellen Höehr
This paper presents the preliminary results of a research that investigates the creation of events through social networking sites. There is already a specific type of event that serves the logic of these networks, especially those whose production and distribution take place from online platforms and digital tools. This paper investigates two cases: the first is about the duo of Brazilian country music singers, Zezé de Camargo and Luciano, who, from an argument that occurred in a concert in the city of Curitiba, announced the end of the partnership.  The video was posted on Youtube and was immediately spread in the social networks, what generated intense conversation about the episode until it became a journalistic event in traditional media. It also examines the organization of a protest against the attack on a gay couple in a street of São Paulo in 2011, completely built through Facebook. From Charles Sander Peirce’s concept of semiosis, a map of construction of these events is drawn with its various ramifications, from the articulations within the network to the production of meanings that they trigger.  The studied events have as an element in common the leading role that social networks had in their constitution. They present the nature of the network and are framed in what is understood now as cyberevent, a category that poses new challenges to the practice of journalism.
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Conflitos sobre o conflito: crise colomboequatoriana em jornais latino-americanos, de Angela Zamin
O texto que segue é resultado de uma analítica sobre um típico acontecimento atípico a partir de sua cobertura em três jornais latino-americanos de referência, o brasileiro O Estado de S. Paulo, o colombiano El Tiempo e o equatoriano El Comercio. Trata-se do Caso Angostura, a forma como denomino a crise colombo-equatoriana desencadeada a partir do ataque do Exército colombiano a um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) localizado em território equatoriano, em 1º de março de 2008. Tal analítica, fruto do trabalho de doutoramento, explora, no nível discursivo, os diferentes conflitos que o trabalho jornalístico reconhece e materializa. Com o aporte da noção de combates discursivos (Foucault, 2006 e 2008) e trajeto temático (Guilhaumou, 2010), o artigo apresenta um exercício de análise da produção jornalística deste acontecimento, no período de março de 2008 a agosto de 2009, em dois níveis discursivos, o fato social ou o conflito que compete por espaço no discurso jornalístico e a significação do mesmo pelos jornais analisados.
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Eventos Nacionais
O mestrando Felipe Kolinski Machado participou do Intercom Sudeste 2012, realizado em Ouro Preto (MG), com o artigo “A construção de sentidos sobre a morte: Percepções críticas sobre o viver e o morrer em Veja”. Já Aline Dalmolin, doutora pelo PPGCC/Unisinos, apresentou o trabalho “Por uma História da Imprensa Católica Brasileira” no 4º Encontro do Núcleo Gaúcho de História da Mídia, realizado na Unipampa, São Borja (RS).
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A construção de sentidos sobre a morte: Percepções críticas sobre o viver e o morrer em Veja, de Felipe Kolinski Machado
Resumo: O objetivo central do presente ensaio é refletir sobre os sentidos que se constroem sobre a morte no jornalismo. Para isso, parte-se de uma perspectiva crítica, ancorando-se em Kant (2008) e Foucault (1990), toma-se como corpus sete reportagens publicadas em Veja, as quais tinham como pauta o óbito de personalidades públicas, e tem-se em Ariès (2007) e em Elias (2001) um referencial teórico que baseia a reflexão acerca da morte e em Quéré (2005) uma possibilidade de vê-la como um acontecimento. Em linhas gerais, conclui-se que a morte tende a ser recalcada e sobrepujada por outras questões, que a sua discussão revela campos problemáticos e que, ao se propor a falar de morte, na verdade, discute-se essencialmente a vida.
Texto completo: aqui
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Por uma História da Imprensa Católica Brasileira, de Aline Dalmolin
Resumo: O artigo esboça uma reflexão de cunho historiográfico sobre a construção de uma história da imprensa católica no Brasil, elencando alguns dos autores que se voltaram ao tema. A partir da leitura dos autores e da observação empírica, busca-se sistematizar uma nova  periodização, que considera o Concílio Vaticano II como  divisor de águas para a imprensa católica no século XX. Os casos das revistas Rainha e Família Cristã servem como exemplo ilustrativo para se pensar o quadro das transformações ocorridas ao longo do século, problematizadas em suas perspectivas pré e pós-conciliar.
Texto completo: aqui
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(Angela Zamin)