24 fevereiro 2009

7. Financiamento da comunicação





Apontado no programa anterior da Série como elemento essencial à independência do jornalismo público, o financiamento da comunicação é o tema tratado pelos professores Laurindo Leal Filho, da USP e da Casper Líbero; Eugênio Bucci, também da USP; e Luiz Martins da Silva, da UnB; além da jornalista Helena Chagas, diretora de jornalismo da TV Brasil.
Há, no Brasil, preconceito ao conteúdo educativo e dúvidas quanto à liberdade da informação. Há, ainda, outro ponto polêmico: a captação de recursos e a abertura, ou não, a patrocínios. Para o professor Eugênio Bucci, pensar em jornalismo público, de qualidade, pressupõe a manutenção pública dos canais de informação. Segundo o pesquisador, “se uma sociedade considera que ela deve ter comunicação pública, e na minha opinião isso é importante, ela deve financiar publicamente essa forma de comunicação, e não publicitariamente”. Nesta mesma linha está a diretora de jornalismo da TV Brasil, Helena Chagas, ao afirmar que “talvez fosse muito bom se a sociedade pudesse contribuir para sustentar a sua televisão, sua agência, seu jornal”. Para ela, o jornalismo público pode sim ser financiado “por recursos orçamentários assim como diversas outras instituições”.
Segundo o professor Luiz Marins, um dos problemas da mídia pública é a questão da sustentabilidade. “Enquanto ela estiver dependendo, enquanto ela estiver comendo milho da mão da política, é um problema. Se ela ficar comendo milho só da mão do mercado é outro problema. A mídia, para ela cumprir um serviço público de fato, ela tem que atender a alguns fatores como viabilidade, sustentabilidade e replicabilidade”, conclui o pesquisador da UnB.
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