22 dezembro 2008

Eventos 2009

Brasil-México - De 1. a 3 de abril a Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM, por meio do Programa de Mestrado Comunicação e Práticas de Consumo, será sede do 2. Colóquio Binacional Brasil-México de Ciências da Comunicação. O evento tem como temática ‘Comunicação nas culturas locais e globais’. O período de inscrição de trabalhos se encerra em 26 de janeiro.
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Intercom Sul - A Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – Intercom promove de maio a junho os Congressos Regionais da Intercom nas cinco regiões do país. Na região Sul, o evento acontece de 28 a 30 de maio, na Universidade Regional de Blumenau – FURB, em Blumenau, Santa Catarina. O congresso tem como tema ‘Comunicação, educação e cultura na era digital’. O período para a inscrição de trabalhos abre em 4 de fevereiro e se encerra em 17 de abril. Mais informações no site da Intercom ou da FURB.
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Compós - A Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação - Compós, realiza o seu 18. Encontro Anual na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, de 2 a 5 de junho de 2009. Os trabalhos para os GTs podem ser enviados até 15 de fevereiro.
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Rede Alcar - A Universidade de Fortaleza - UNIFOR, no Ceará, será sede de 19 a 21 de agosto do VII Congresso Nacional de História da Mídia.
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Intercom - O congresso nacional da Intercom acontece na região Sul, em Curitiba, na Universidade Positivo, de 4 a 7 de setembro.
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Mídia Cidadã - A Universidade Estadual do Centro-Oeste – Unicentro, de Guarapuava, Paraná, será sede da 5. Conferência Nacional de Mídia Cidadã, que acontece de 8 a 10 de outubro, em parceria com a Cátedra Unesco/Metodista de Comunicação para o Desenvolvimento Regional. Informações adicionais pelo e-mail midiacidada2009@unicentro.br
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Portugal 1 – A Escola de Comunicação, Artes e Tecnologias da Informação da Universidade Lusófona irá acolher o 6. Congresso SOPCOM, o 8. Congresso LUSOCOM e o 4. Congresso IBÉRICO entre 14 e 18 de abril, sob os respectivos temas, ‘Sociedade dos Media: Comunicação, Política e Tecnologia’, ‘Comunicação, Espaço Global e Lusofonia’ e ‘Redes, Meios e Diversidade Cultural no Espaço Ibérico’. O período de inscrição se encerra em 15 de janeiro.
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Portugal 2 – A Associação Ibero-Americana de Comunicação – AssIBERCOM e a Universidade da Madeira promovem o 11. Congresso Ibercom 2009, sob a temática ‘Travessias comunicacionais: Cultura, Tecnologia e Desenvolvimento. O evento acontece de 16 a 19 de abril, em Funchal, Ilha da Madeira, Portugal.
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(Angela Zamin)

10 dezembro 2008

A produção do GPJor em outros espaços


Além das pesquisas discutidas nos seminários de dissertação, a produção do GPJor foi recentemente apresentada durante o 6º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo.

Na mesa-redonda “Categorias da Pesquisa em Jornalismo”, Christa Berger realizou um mapeamento de três grandes eixos da investigação jornalística no país: um eixo teórico-conceitual (constituído por autores e conceitos-chave), um eixo institucional (constituído por linhas e grupos de pesquisa) e um eixo pessoal (atrelado à formação de cada pesquisador em distintas áreas do pensamento sobre jornalismo e comunicação). Essa “tríplice possibilidade de organização", diz a professora, aponta para a riqueza e para as bases daquele que seria, formal e epistemologicamente, o “campo do jornalismo” no Brasil.
Outros quatro integrantes do grupo apresentaram textos em mesas coordenadas e comunicações individuais. A seguir, os resumos e títulos dos trabalhos.
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Entrevista jornalística, confissão e as neoconfissões na mídia brasileira
Profa. Dra. Beatriz Marocco
Resumo: Este texto focaliza a entrevista, como um modo jornalístico de “busca da verdade” que se apóia no ritual da confissão. Tal objeto se constitui em um percurso epistemológico que aproxima o que disse M. Foucault sobre a confissão como técnica disciplinar às formas de entrevista dadas a ler, ouvir e ver nas mídias e à disciplina que configura e perpassa as práticas do jornalismo (MORIN, 2000; DENT, 2008). Três entrevistas que formam um pequeno corpus, selecionado do acompanhamento diário de diferentes mídias, provocaram insights úteis para a constituição de uma tipologia.
Palavras-chave: entrevista, confissão, jornalismo, práticas jornalísticas, verdade
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Do documentário ao jornalismo: acontecimento, tempo e memória em Cabra marcado para morrer
Prof. Dr. Ronaldo Henn
Resumo: O filme Cabra marcado para morrer, de Eduardo Coutinho, problematiza questões
fundamentais na constituição de uma epistemologia do fazer jornalístico. A natureza do acontecimento, as dinâmicas do tempo e as tramas da memória formam os vértices que compõem a narrativa do filme e sobre os quais o jornalismo também se funda. O artigo estabelece alguns nexos sobre esta constituição a partir da natureza semiótica dos sistemas implicados. O documentário adensa o jornalismo, dinamizando agenda e linguagem, entre outros itens e irradiando pontos fronteiriços para um centro, via de regra, conservador.
Palavras-chave: jornalismo, documentário, acontecimento, tempo, memória
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Os textos acadêmicos brasileiros sobre jornalismo internacional e América Latina: análise, tendências e perspectivas
Doutoranda Ângela Maria Zamin
Resumo: O artigo reflete acerca de algumas perspectivas de discussão sobre Jornalismo Internacional e América Latina, a partir da identificação e cotejo a textos acadêmicos brasileiros sobre essa temática. Desenvolve uma análise que visa a apresentar tendências e perspectivas analíticas, por meio de um mapeamento e, posterior, movimento de apropriação de um conjunto desses trabalhos, dos anos 80, 90 e 2000.
Palavras-Chave: Jornalismo internacional; América Latina; Estudos acadêmicos.
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O bem viver “revistado”: materialidade, discursividade e prática jornalística
Doutorando Frederico de Mello Brandão Tavares
Resumo: Este texto busca observar como a revista Vida Simples, publicada mensalmente pela Editora Abril, enquadra uma temática específica – a da qualidade de vida – revestindo sua prática jornalística de elementos específicos. A fim de perceber algumas afetações recíprocas existentes no encontro entre “a revista” e “o bem viver”, realiza-se o seguinte percurso: 1) apresentação da publicação, 2) apreensão de sua “morfologia”, 3) problematização de seus principais elementos. Neste conjunto, pretende-se apontar para como o tema da revista é pensado e organizado, “revistando-se” material e discursivamente, ao mesmo tempo em que atua sobre os sentidos jornalísticos aí construídos.
Palavras-chave: revista; jornalismo especializado; qualidade de vida; materialidade; discurso.
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(Fred Tavares)
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* Fotos: Angela Zamin

"A Era Glacial do Jornalismo" em nova publicação

Está disponível a primeira edição da Revista BiblioCom. O novo periódico da Intercom é destinado à "divulgação, análise e crítica da produção bibliográfica, hemerográfica e reprográfica em ciências da comunicação" e conta neste primeiro número com uma resenha do livro "A Era Glacial do Jornalismo - Volume 2", organizado por Christa Berger e Beatriz Marocco, professoras e pesquisadoras do GPJor.

(Fred Tavares)

Examinando o Jornalismo de Revista

Na próxima terça-feira, dia 16 de dezembro, acontece o exame de Qualificação do doutorando Frederico de Mello Brandão Tavares, integrante do GPJor. O trabalho, intitulado "Revista e Vida Simples: complexidades na relação jornalismo e qualidade de vida", será avaliado pelos professores Antônio Fausto Neto e Beatriz Marocco, ambos do PPG em Ciências da Comunicação da Unisinos.
A banca, aberta ao público, pode ser conferida a partir das 14hs na sala 3A317 do Centro 3 (Ciências da Comunicação) do campus de São Leopoldo.

(GPJor)

07 dezembro 2008

Sobre a experiência do seminário de dissertação


O Grupo de Pesquisa Estudos em Jornalismo - GPJor encerrou os encontros deste ano com a atividade de apresentação e debate do atual estágio dos projetos e pesquisas dos alunos de mestrado, das turmas 2007 e 2008. Chamada de 'seminário de dissertação' a atividade foi proposta e organizada pelos próprios alunos que integram o Grupo. A seguir, uma síntese das pesquisas apresentadas e a avaliação da atividade.
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"Três palavras podem resumir o Seminário de Dissertação, que foi um dos momentos mais marcantes nas atividades do GPJor em 2008: processo, acolhida e desafio. A primeira palavra, processo, refere-se ao momento da escrita dos textos, exercício individual que nos ajudou na organização dos conhecimentos acumulados nestes dois semestres de mestrado, na visualização dos projetos no seu conjunto, e na percepção dos pontos que reclamam mais leituras e reflexões. Refere-se ainda a elaboração de uma fala clara e objetiva que desse conta de dar a conhecer nossos objetos de pesquisa. A segunda palavra, acolhida, nomeia a atitude de professores e colegas na escuta atenciosa de nossas apresentações e a preocupação de todos e todas em contribuir com o grupo. E, o desafio, é o que nos acompanhará nos proximos meses quando da elaboração dos textos para qualificação. Neste tempo conviveremos com os estudos e com as situações de incertezas e ambigüidades inerentes ao processo da construção do conhecimento. Bom trabalhos para nós!" - Vera Martins.
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“Legal ter compartilhado, trocado. Além da possibilidade de aprender uns com os outros, isso só veio a acrescentar. Saio com uma bagagem muito grande a partir dos objetos de cada um” – Ana Claudia Melo.
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“Momento para parar, refletir e tomar um fôlego” – Marina Chiapinotto.

"Foi uma ótima experiência para tomarmos conhecimento do atual estágio de desenvolvimento das pesquisas dos nossos colegas, testar a nossa capacidade de argüição sobre outros textos e ampliar os horizontes das nossas próprias pesquisas através das considerações feitas pelos integrantes do GPJor. Estas outras perspectivas provindas ‘de fora’ trouxeram novos olhares sobre os nossos objetos de estudo e acredito que cada um de nós tenha saído com o seu tema um pouco mais enriquecido. Todos estão de parabéns!" - Grace Azambuja.

"Já ouvi diversas vezes que a tarefa do pesquisador é um ato solitário, o que me soa um tanto angustiante. Poder compartilhar nosso caminho como pesquisadores iniciantes que somos dá um alento e nos oferece um novo fôlego, como diz a Marina, para prosseguirmos na tarefa do preparo da qualificação e da própria dissertação. Foi bastante interessante e mostrou que o trabalho do grupo, em grupo, faz diferença!" - Maria Joana Chaise
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* fotos: Angela Zamin

Nas revistas, o caso Isabella



“Por que o assassinato de Isabella proporcionou grande repercussão se: no Brasil 55,6 milhões de crianças menores de 14 anos são vítimas de violência doméstica por ano, o equivalente a 12% de crianças existentes no país nessa faixa etária; 96% dos casos de violência contra a criança de até 6 anos são cometidos por familiares; a cada 1 hora morre uma criança queimada, torturada ou espancada pelos pais segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)? Quais os motivos para que o caso Isabella fosse tão visibilizado e os outros crimes não?” Sob interrogações como estas se assenta a pesquisa da mestranda Jaqueline Torres Cardoso, que visa a investigar “como as revistas Época, Isto É e Veja se apropriaram das redes discursivas que se constituíram em torno do caso Isabella” e, ainda, “de que forma esses discursos se refletiram nas edições ao retratar a figura do pai, da mãe e da madrasta da menina nos impressos”.

A transgressão no jornalismo impresso



Ao refletir sobre a transgressão no jornalismo impresso brasileiro nos últimos 20 anos, o mestrando Felipe Boff, até o atual momento da pesquisa, identificou três perspectivas de transgressão no processo jornalístico: a transgressão temática ou de pauta, a transgressão de conduta ou do fazer jornalístico e a transgressão da linguagem. O quadro teórico vem se estabelecendo em torno dos conceitos de sistema sígnico, formação discursiva e comunidade interpretativa.

Desperta Mulher, feminismo e meio rural


Tendo como tema a comunicação e as representações do universo feminino no meio rural, construídas a partir do jornal Desperta Mulher, produzido pelo Movimento de Mulheres Camponesas do Estado do Rio Grande do Sul – MMC/RS, a mestranda Vera Martins pretende entender como esse jornal representa o universo feminino do meio rural, nas esferas pública e privada, e como esta representação se relaciona com a missão, os princípios e valores do próprio Movimento. Na atual fase do pesquisa, a mestranda propõe um trabalho em três eixos: a compreensão dos contextos, que está voltada para o entorno sócio-histórico-político do MMC/RS; para a compreensão dos textos, com o intuito de pensar nas temáticas propostas pelo jornal, nas abordagens dos diferentes temas, nas apresentações das camponesas nos universos públicos e privados, e nos papéis sociais femininos e masculinos veiculados no Desperta Mulher; e de leituras possíveis das relações entre contextos e textos, onde “pretende um encontro das etapas anteriores a fim de oferecer leituras possíveis sobre os fenômenos interrogados durante a investigação, buscando articulações, regularidades, singularidades nas práticas e discursos do MMC/RS, que através dos processos de midiatização se configuram no jornal Desperta Mulher”.

A morte nas fotografias jornalísticas


A pesquisa da mestranda Marina Chiapinotto tem como proposta analisar como as fotografias jornalísticas do acidente da TAM em Zero Hora, Pioneiro e Diário de Santa Maria, jornais do Grupo RBS, dão a ver a morte através do luto. A morte aparece no texto verbal, porém é mitificado nas imagens, que devem retrata-la de forma velada, como pressupõe grande parte dos Manuais de Redação. Assim, “o luto, por derivar da morte, é utilizado como representação do acontecimento”.

Brasil de Fato e a imprensa popular alternativa


Visando a analisar as práticas e os discursos do jornal Brasil de Fato na sua relação com o atual contexto em que a própria esquerda se diz em crise, o mestrando Daniel Cassol pretende investigar se a leitura da realidade brasileira que esse jornal faz, coaduna com a leitura que os próprios movimentos sociais fazem dessa realidade. Mas, como Cassol alerta, “não se trata de entender o que o jornal diz sobre a crise, mas de que modo suas práticas e discursos se relacionam com o momento identificado como de crise dos paradigmas da esquerda, e o que isso aponta em termos de ‘limites e possibilidades’”.

Dispositivo, sexualidade e espaço


Um estudo sob os ângulos do dispositivo, da sexualidade e do espaço está sendo desenvolvido pela mestranda Ana Cláudia Melo, a partir do GP Guia, fórum de discussão digital, alvo do projeto de mestrado. Ana Claudia chegou ao GP Guia em 2005 quando buscava elementos que subsidiassem uma reportagem sobre prostituição de crianças nas estradas brasileiras. “Durante essa busca, a internet se revelou um universo para o sexo e vários aspectos foram evidenciados. O primeiro foi a constatação da existência de incontáveis espaços na WEB, que não estão nos catálogos de busca, onde homens e mulheres oferecem ou colocam o prazer à venda, através de páginas que funcionam como anúncio de oferta e de compra de sexo”. O segundo aspecto foi o voyerismo, por meio da popularização da web-câmera, e o terceiro que haviam pessoas dispostas a publicizar experiências sexuais na internet, enquanto outras estavam dispostas a ler e, ainda, os que alertavam para o excesso e para possíveis riscos de abusos sexuais na internet. Após a reportagem publicada, conforme relata a mestranda, “a temática da sexualidade na internet deixou de ser apenas um assunto jornalístico para começar a suscitar outros questionamentos que precisavam ir além de uma reportagem. Estava diante de um problema: como entender a sexualidade em um espaço comunicacional contemporâneo, no caso, o GP Guia?”.

A participação no espaço Leitor Repórter



Identificar as lógicas da postagem de conteúdo no espaço Leitor Repórter de ZH online, é um dos objetivos da pesquisa da mestranda Maria Joana Chaise. Para além desta, o atual momento da pesquisa revela a necessidade de ‘olhar’ para o leitor-participante-testemunha, uma vez que “para o contexto desta pesquisa esta característica torna-se atraente, na medida em que destaca o protagonismo do sujeito que utiliza-se do canal de webjornalismo participativo a partir da apresentação de questões do seu cotidiano”.

Impacto da mobilidade no jornalismo


A mestranda Grace Bender Azambuja falou da pesquisa sobre metamorfoses e reconfigurações da produção jornalística na era da mobilidade. Destaque para fragmento do texto onde diz: “A partir do momento em que as tecnologias digitais da mobilidade influenciam o modo como se produz a notícia, implicam em novas dinâmicas nas relações entre o espaço, tempo e a redação, surge a necessidade de pensar estas implicações no jornalismo. Levando em consideração a transformação tecnológica dos últimos anos e a disponibilização de um novo conjunto de suportes midiáticos e serviços, o mapeamento das práticas jornalísticas em condições de mobilidade trará contribuições para uma melhor compreensão da reconfiguração por que passa o jornalismo atual ao tentar impor ordem no tempo e espaço”.

Conselho do Leitor


Ao relacionar as abordagens de Claude-Jean Bertrand, professor e pesquisador do Instituto Francês de Imprensa – IFP, sobre o Sistema de Responsabilização da Mídia – MAS, com o sistema de resposta social, no qual se encontra um subsistema de crítica da mídia, desenvolvida por José Luiz Braga, professor e pesquisador PPG em Ciências da Comunicação, da Unisinos, a mestranda Camila Arocha, falou da sua pesquisa sobre o Conselho do Leitor de Zero Hora.

01 dezembro 2008

Encontro de dezembro

O Grupo de Pesquisa Estudos em Jornalismo – GPJor se reúne no mês de dezembro para discutir as pesquisas dos alunos do mestrado, tanto dos que estão concluindo, quanto daqueles que estão preparando seus textos de qualificação. O encontro será realizado em duas etapas, na tarde de quarta-feira, dia 3, entre 13h30 e 17h30, e na manhã de quinta, dia 4, das 9h às 12h30.
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(Angela Zamin)